"...como se recolhe o feixe de trigo a seu tempo."(Jó 5.26.)
Ao ler este texto no livro de Jó quero registrar algo que marcou quando li o que escrevera um estudioso e entendido mestre no assunto sobre
o aproveitamento de velhas embarcações.
Afirmou que não é só a idade que faz
melhorar as fibras da madeira de um velho navio, mas ainda as pressões e muitas
espécies de carga que se acumulam no seu fundo.
Algumas pranchas e compensados feitos de uma viga de carvalho que
havia sido parte de um navio de oitenta anos foram exibidas numa boa casa de
móveis na Broadway, em nova Iorque, e atraíram a atenção geral por seu raro
colorido e textura perfeita.
Igualmente notáveis foram algumas vigas de mogno tiradas de uma
embarcação que cruzou os mares há sessenta anos. O tempo e o tráfego lhes
haviam contraído os poros e aprofundado a cor de tal modo que esta se
apresentava tão magnífica em sua intensidade cromática como um vaso chinês da
antiguidade.
Com elas fez-se um armário que figura hoje em lugar de destaque na
sala de visitas de uma rica família, me Nova Iorque. Fazendo um paralelo, há
uma grande diferença entre as pessoas de idade que tiveram uma vida indolente,
foram inúteis e indulgentes consigo mesmas, e aquelas que navegaram por todos
os mares da vida e levaram todo tipo de carga como servos de Deus e ajudadores
de seus semelhantes.
Não somente os embates e pressões da vida, mas também algo da
doçura das cargas transportadas, penetra na vida dessas pessoas e nas fibras de
seu caráter.
Depois que o sol desaparece no horizonte, o céu ainda brilha por
uma hora inteira. Então, ao meditar no texto bíblico
" Como se recolhe o feixe de trigo há seu tempo".
Acredito ainda mais que vou
desaparecer desta terra contudo o céu deste mundo ainda continuara iluminado.Como figura humana
não vou me apagar,deixando muito de mim.Pois :— Ainda que esteja morta Viverei.
Deus os Abençoe
Sonia Montoza
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